JANEIRO BRANCO: O mundo pede saúde mental
O Janeiro Branco tem o objetivo de chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas e das instituições. Uma humanidade mais saudável pressupõe uma cultura da Saúde Mental no mundo.
A campanha ocorre no primeiro mês do ano, porque em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais.
E, como em uma “folha ou em uma tela em branco”, todas as pessoas podem ser inspiradas a escreverem ou a reescreverem as suas próprias histórias de vida.
Pensar sobre o tema da saúde mental gera conscientização, combate tabus, muda paradigmas, orienta os indivíduos e inspiram autoridades a respeito de importantes questões relacionadas às vidas de todo mundo. O Janeiro Branco é uma fonte inesgotável de ações e de reflexões sobre tudo isso.
JANEIRO BRANCO – Iniciada em 2014 pelo psicólogo Leonardo Abrahão Pires Rezende, o movimento é formado por voluntários de todo Brasil que se engajam para disseminar informações e dados sobre saúde mental.
Com a pandemia do COVID-19, antigas necessidades da Saúde Mental viraram ‘emergências públicas’
Estudos e pesquisas sobre os efeitos colaterais da pandemia do COVID-19 multiplicam-se em toda parte do mundo e suas conclusões revelam um dos mais importantes desafios para a atual humanidade: cidadãos comuns, autoridades e instituições sociais devem desenvolver estratégias públicas e privadas para proteger, fortalecer e promover a Saúde Mental das pessoas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pandemia interrompeu serviços essenciais de Saúde Mental em 93% dos países do mundo e, ao mesmo tempo, intensificou a procura por esses mesmos serviços.
No Brasil, de acordo com uma pesquisa do Instituto FSB, 62% das brasileiras e 43% dos brasileiros afirmaram que a saúde emocional ‘piorou’ ou ‘piorou muito’ durante a pandemia. Outro estudo, desenvolvido pelo Instituto Ipsos e encomendado pelo Fórum Econômico Mundial, concluiu que 53% dos brasileiros achavam que sua Saúde Mental “tinha piorado bastante no último ano”.
Em um recente estudo realizado pela FIOCRUZ e outras seis universidades nacionais, enquanto 40% da população brasileira apresentavam sentimentos frequentes de tristeza e de depressão, outros 50% da mesma população apresentava frequentes sentimentos de ansiedade e de nervosismo. Em relação às faixas etárias iniciais da vida, uma pesquisa conduzida pelo UNICEF/Gallup mostrou que 22% dos adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 24 anos se sentem deprimidos ou têm pouco interesse em ‘fazer coisas’.
Alguns objetivos do Janeiro Branco
- Consolidar o mês de Janeiro como referencial e ponto de partida para que as pessoas e as instituições sociais efetivem ações em prol da Saúde Mental o ano inteiro em suas vidas;
- Contribuir com construção de uma cultura da Saúde Mental e de uma visão ampliada, moderna, holística, humanista, processual, laica e integral do conceito de Saúde Mental;
- Aproveitar a simbologia do início do ano, e da “folha em branco”, para inspirar as pessoas a pensarem sobre os sentidos e os propósitos das suas existências individuais e coletivas;
- Chamar a atenção das mídias, das instituições sociais, dos cidadãos e das autoridades para a importância das políticas públicas e privadas em defesa da Saúde Mental dos indivíduos e dos povos.
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